Ensino da Enfermagem está no DNA do Hospital Moinhos de Vento há 93 anos

24/01/2020

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Foto: Curso Técnico em Enfermagem, 1974 - Acervo Histórico Fotográfico Espaço Memória Amarílio Vieira de Macedo.

A preocupação com a formação e a educação de qualidade acompanha a história do Hospital Moinhos de Vento desde a sua fundação, em 1927. Com isso, no ano seguinte à inauguração, o hospital lançou seu o primeiro curso de Enfermagem. O objetivo era a qualificação de pessoas que atendessem às necessidades do hospital e formar parteiras para as comunidades carentes germânicas espalhadas pelas sete regiões do Rio Grande do Sul. 

No primeiro momento, as turmas eram compostas por oito a dez jovens que recebiam lições de Enfermagem Geral, Médico-Cirúrgica, Anatomia e Fisiologia. Nos primeiros anos, as aulas ainda eram ministradas em alemão para alunas oriundas, em geral, de colônias teuto-brasileiras. Para que pudessem se manter na cidade durante o curso, elas recebiam ajuda de custo mensal e hospedagem durante o período. O alojamento ficava no próprio hospital.

Ao completar 8 anos de atuação, em 1936, a Escola de Enfermagem já havia formado 63 enfermeiros. Devido à promulgação da Constituição de 1934, que determinava o ensino no idioma pátrio nos estabelecimentos privados, a Escola contratou professores para lecionar em português. A presença das diaconisas - como eram chamadas as mulheres ligadas às instituições religiosas que se dedicavam a cuidar da saúde das pessoas - na rotina do hospital, em conjunto com as enfermeiras formadas pela Escola e os médicos, fundou um modelo único de cuidado ao paciente.

Em 1956, a instituição solicitou ao Ministério de Educação e Cultura a autorização de funcionamento da Escola de Auxiliares de Enfermagem. A formação teria duração de dois anos, acrescidos de um terceiro ano de estágio hospitalar. No mesmo ano, a autorização foi concedida e o curso passou a funcionar.

Em 1974 houve um novo marco para a Escola de Enfermagem do Hospital Moinhos de Vento. A partir da autorização concedida pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul, passaram a ser oferecidos os cursos técnicos em Enfermagem e em Radiologia Médica, pioneiros na educação gaúcha. Com isso, a formação anterior foi encerrada e reaberta em 1976 como Curso Supletivo de Auxiliar de Enfermagem, devido à carência desses profissionais especialmente em casas de saúde do interior do estado. Com um total de 150 alunos nas três modalidades de ensino, o internato passou a ser, gradualmente, extinto.

A busca pela qualidade e pelo aprimoramento do ensino fez com que o Hospital Moinhos de Vento traçasse uma importante trajetória de desenvolvimento na educação. Em dezembro de 2003, foi inaugurado o Instituto de Educação e Pesquisa (IEP), criando uma referência para o desenvolvimento de investigações científicas, tecnológicas e da educação em Saúde. A Escola de Enfermagem foi vinculada ao IEP, sendo um dos pilares do ensino e capacitação no hospital. Comprometida com as práticas pedagógicas atualizadas e alinhada com a estratégia da instituição, a Escola colabora de forma efetiva para o desenvolvimento e aprimoramento das melhores práticas em saúde. 

Ainda antes da primeira década dos anos 2000, o Instituto já possuía a capacidade de oferecer cursos de pós-graduação Lato Sensu e programas de Residência Médica. A Unidade de Pesquisa em Saúde realizava pesquisas clínico-epidemiológicas, em parceria com o corpo clínico e colaboradores de outras áreas do hospital, pesquisadores de universidades públicas e privadas do Rio Grande do Sul e do Ministério da Saúde.

O ano de 2018 marcou uma etapa importante na consolidação dos projetos de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento. O Instituto de Educação e Pesquisa (IEP) iniciou uma nova fase em 31 de outubro de 2018, com a criação da Faculdade de Ciências da Saúde Moinhos de Vento. A primeira graduação da Faculdade Moinhos é o Bacharelado em Enfermagem. A grade curricular do curso conta com aulas práticas desde o primeiro semestre, dentro de um dos três melhores hospitais do Brasil. A formação foi estruturada para a qualificação de enfermeiros com atuação pró-ativa e aptos ao raciocínio clínico e tomada de decisão, aliados às necessidades da gestão de processos e pessoas, em um processo humanizado de assistência. 

Fonte: Espaço Memória Amarílio Vieira de Macedo


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